O que é Brute Force ?

Na segurança da informação, ataques de brute force (força bruta) são métodos comuns utilizados para obter acesso não autorizado a sistemas, contas ou redes.

Esses ataques envolvem a tentativa sistemática de todas as combinações possíveis de senhas ou chaves de criptografia até encontrar a correta.

Este artigo abordará o conceito de brute force, as principais ferramentas utilizadas, seu papel no pentest, e outras considerações importantes.

DEFINIÇÃO

É uma técnica de hacking que utiliza tentativa e erro para decifrar informações protegidas.

A ideia básica é tentar todas as combinações possíveis até encontrar a correta.

Esse método pode ser aplicado a senhas, chaves de criptografia ou qualquer outra forma de autenticação.

Os ataques de brute force podem ser realizados de duas formas principais:

  1. Ataque de força bruta pura: Tenta todas as combinações possíveis de caracteres até encontrar a senha correta.
  2. Ataque de dicionário: Utiliza uma lista de palavras e frases comuns (dicionário) para adivinhar a senha.

Principais ferramentas utilizadas

Existem várias ferramentas disponíveis para realizar ataques de brute force, cada uma com suas características e funcionalidades específicas. Aqui estão algumas das mais populares:

  1. Hydra
    • Descrição: É uma das ferramentas de brute force mais conhecidas e versáteis, suportando uma ampla variedade de protocolos e serviços.
    • Características:
      • Suporte a múltiplos protocolos (HTTP, FTP, SSH, Telnet, etc.).
      • Possibilidade de ataques paralelos para aumentar a velocidade.
      • Interface de linha de comando com várias opções de configuração.
    • Uso Comum: Teste de penetração em servidores e serviços de rede.
  2. John the Ripper
    • Descrição: É uma ferramenta de cracking de senhas muito popular que combina ataques de brute force e de dicionário.
    • Características:
      • Suporte a diversos formatos de hashes (MD5, SHA-1, etc.).
      • Capacidade de usar arquivos de wordlist para ataques de dicionário.
      • Funcionalidades adicionais para ajustes finos dos ataques.
    • Uso Comum: Cracking de hashes de senha obtidas de bancos de dados e arquivos de configuração.
  3. Aircrack-ng
    • **Descrição:**Uma suíte de ferramentas para auditoria de segurança em redes sem fio.
    • Características:
      • Suporte a cracking de chaves WEP e WPA/WPA2.
      • Ferramentas para captura de pacotes e análise de tráfego.
      • Ataques de brute force em PSKs (Pre-Shared Keys) de redes Wi-Fi.
    • Uso Comum: Auditoria de segurança em redes Wi-Fi e captura de tráfego para análise.
  4. Hashcat
    • Descrição: Hashcat é uma ferramenta avançada de cracking de senhas que suporta ataques de brute force, dicionário e outros métodos híbridos.
    • Características:
      • Suporte a múltiplos tipos de hashes.
      • Utilização de GPUs para aumentar a velocidade de cracking.
      • Múltiplos modos de ataque, incluindo brute force e ataques baseados em regras.
    • Uso Comum: Cracking de senhas complexas e hashes de senha em grandes volumes.

O Papel do Brute Force no Pentest

No contexto do pentest, ataques de brute force desempenham um papel crucial na identificação de fraquezas em mecanismos de autenticação.

Pentesters utilizam ataques de brute force para:

  1. Avaliar a Robustez das Senhas:
    • Testar a força das senhas utilizadas pelos usuários.
    • Identificar contas com senhas fracas ou padrões comuns.
  2. Verificar Configurações de Segurança:
    • Testar políticas de bloqueio de contas após múltiplas tentativas de login.
    • Verificar a implementação de mecanismos de throttling (limitação de taxa).
  3. Identificar Padrões de Uso:
    • Detectar o uso de senhas padrão ou comumente usadas.
    • Analisar a prática de reutilização de senhas entre diferentes sistemas.

Os ataques de brute force, embora eficazes, são frequentemente detectáveis devido ao grande volume de tentativas de login.

Por isso, os pentesters também avaliam a capacidade dos sistemas de detectar e responder a tais ataques.

Mitigação de ataques

Para proteger sistemas contra ataques de brute force, várias práticas de segurança devem ser implementadas:

  1. Políticas de Senhas Fortes:
    • Exigir senhas longas e complexas que incluam letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
    • Implementar a expiração regular de senhas e a proibição de reutilização de senhas antigas.
  2. Mecanismos de Bloqueio:
    • Bloquear contas temporariamente após um certo número de tentativas de login falhadas.
    • Utilizar captchas para distinguir entre usuários humanos e scripts automatizados.
  3. Autenticação Multifator (MFA):
    • Adicionar uma camada extra de segurança além da senha, como um código enviado por SMS ou um aplicativo de autenticação.
  4. Monitoramento e Resposta:
    • Monitorar logs de tentativas de login e detectar padrões suspeitos.
    • Configurar alertas para atividades de login anômalas e responder rapidamente a possíveis ataques.

Ataques de brute force são uma ameaça constante no cenário da segurança da informação. Embora sejam simples em conceito, sua eficácia pode ser significativa se os sistemas não estiverem devidamente protegidos.

Manter-se atualizado com as melhores práticas de segurança e utilizar ferramentas adequadas é vital para proteger informações sensíveis e garantir a integridade dos sistemas.

Ataques de brute force podem ser uma ameaça, mas com as medidas corretas, podem ser mitigados de maneira eficaz.

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