
No mundo da segurança da informação, o fuzzing se tornou uma das técnicas mais poderosas para identificar vulnerabilidades em sistemas. Afinal, com o aumento constante de ameaças cibernéticas, as empresas precisam de métodos eficazes para proteger seus dados.
Mas o que exatamente é fuzzing? E por que ele é tão essencial para profissionais de pentest e hacking ético?
De maneira simples, o fuzzing é uma técnica automatizada que testa sistemas, aplicações ou protocolos ao enviar entradas aleatórias ou malformadas. O objetivo?
Descobrir falhas que possam ser exploradas por invasores. Imagine, por exemplo, um curso de pentest que ensina como usar o fuzzing para simular ataques reais e fortalecer a segurança de uma empresa.
Mas espere, tem mais!
O fuzzing não se limita apenas a encontrar bugs. Ele também ajuda a prevenir falhas críticas que podem custar milhões em prejuízos. Então, se você quer entender como essa técnica funciona, suas aplicações e até mesmo suas limitações, continue lendo.
Neste conteúdo, passaremos pelos seguintes tópicos:
- O que é fuzzing?
- Para que serve?
- Categorias do fuzzing
- Principais ferramentas
- Limitações da técnica fuzzing
- Estudo de caso: Apache Struts 2
O que é Fuzzing?

Veja como funciona:
É uma técnica de teste de software que envolve o envio de dados malformados ou aleatórios para um sistema, aplicação ou protocolo.
A ideia é simples: forçar o sistema a lidar com entradas inesperadas e observar como ele reage.
Mas isso não é tudo!
O fuzzing pode ser manual ou automatizado, sendo que a versão automatizada é a mais utilizada atualmente. Afinal, com a complexidade dos sistemas modernos, testar manualmente cada possível entrada seria inviável.
E aqui está o detalhe que faz toda a diferença:
O fuzzing não apenas identifica vulnerabilidades, mas também ajuda a entender como um sistema se comporta sob condições extremas. Isso é especialmente útil para hackers éticos que desejam fortalecer a segurança de uma organização.
Para que serve o Fuzzing?
O fuzzing serve, sobretudo, para descobrir vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por invasores. Imagine, por exemplo, uma aplicação web que falha ao receber um comando malformado. Um atacante poderia usar essa falha para ganhar acesso não autorizado.
O fuzzing também é amplamente utilizado em pentests para simular ataques reais. Além disso, ele é uma ferramenta valiosa para desenvolvedores que desejam garantir a qualidade e a segurança de seus softwares antes do lançamento.
E a melhor parte é esta:
O fuzzing pode ser aplicado em diversos contextos, desde aplicações web até protocolos de rede e arquivos. Falando nisso, vamos explorar as categorias do fuzzing a seguir.
Categorias do Fuzzing
Primeiro, vamos entender isso melhor: o fuzzing pode ser dividido em três categorias principais:
- Fuzzing de Aplicação:
Aqui, o foco está em testar aplicações, como softwares desktop ou apps móveis. O objetivo é identificar falhas que possam ser exploradas por invasores. - Fuzzing de Protocolo:
Neste caso, testa protocolos de comunicação, como HTTP, FTP ou SMTP. A ideia é descobrir vulnerabilidades que possam comprometer a segurança da rede. - Fuzzing de Arquivo:
Por fim, o fuzzing de arquivo testa como um sistema lida com arquivos malformados, como PDFs ou imagens. Isso é especialmente útil para prevenir ataques que exploram falhas em processadores de arquivos.
Principais ferramentas
As principais ferramentas são usadas para testar a segurança de aplicativos, sistemas e protocolos ao inserir dados aleatórios ou malformados para identificar falhas. Aqui estão algumas das mais conhecidas:
- AFL (American Fuzzy Lop): Uma das ferramentas de fuzzing mais populares, AFL é um fuzzer de código aberto que realiza fuzzing baseado em caminhos e é altamente eficaz para encontrar falhas de segurança em programas compilados.
- Peach Fuzzer: Famosa por sua flexibilidade, a Peach Fuzzer pode ser usada em uma ampla gama de ambientes e tipos de testes, como fuzzing de protocolos de rede, arquivos, entradas de sistema e mais.
- Boofuzz: Baseada na antiga ferramenta Sulley, o Boofuzz é uma excelente opção para fuzzing de redes e protocolos. Ela é usada para automatizar o processo de descoberta de vulnerabilidades em serviços e sistemas.
- LibFuzzer: Utilizado principalmente para fuzzing de bibliotecas, especialmente no contexto de programas C/C++. Ele é integrado ao LLVM e usa uma abordagem de fuzzing por cobertura de código, buscando maximizar a cobertura e encontrar falhas rapidamente.
- zzuf: É um fuzzer de manipulação de arquivos simples e eficaz que permite modificar a entrada de arquivos de maneira aleatória para testar a robustez de programas.
- Radamsa: Focado em gerar entradas aleatórias para testar softwares, Radamsa é uma ferramenta útil para detectar falhas em diversos tipos de aplicativos, incluindo aqueles que não possuem uma interface de entrada bem definida.
- FuzzBuzz: É uma plataforma que permite realizar fuzzing em APIs RESTful, simplificando a identificação de falhas em serviços web e APIs.
Limitações da Técnica Fuzzing
Agora, é importante destacá-lo como não sendo uma solução mágica. Ele tem suas limitações, como:
- Cobertura Limitada: pode não testar todos os cenários possíveis, especialmente em sistemas complexos.
- Falsos Positivos: Às vezes, identifica falhas que não representam riscos reais.
- Dependência de Entradas: Sua eficácia depende da qualidade das entradas geradas.
Mas isso não significa que seja inútil. Pelo contrário, quando usado corretamente, ele é uma ferramenta poderosa para qualquer curso de pentest ou profissional de segurança.
Estudo de Caso: Apache Struts 2
Essa história é boa:
O fuzzing desempenhou um papel essencial na descoberta de uma vulnerabilidade crítica no Apache Struts 2. Em 2017, uma falha no framework permitia que invasores executassem código remotamente.
O Apache Struts 2 permitia a execução de comandos arbitrários no servidor host. Como resultado, a segurança da aplicação e a integridade dos dados ficavam comprometidas.
O impacto dessa vulnerabilidade foi vasto, afetando uma ampla gama de organizações que utilizavam o Apache Struts 2. Desde sistemas governamentais até empresas do setor privado, muitas instituições sofreram as consequências.
A CVE-2017-5638, por exemplo, mostra claramente como essa técnica ajuda a descobrir falhas de segurança precocemente, evitando que permaneçam ocultas até que atacantes as explorem.
A rápida identificação e correção dessa vulnerabilidade demonstrou sua eficácia como uma ferramenta essencial no arsenal de segurança de aplicações web. Portanto, essa situação destaca a importância de práticas proativas de teste de segurança no ciclo de desenvolvimento de software.
Afinal, essas práticas ajudam a manter a integridade e a confiabilidade das aplicações e, consequentemente, do negócio como um todo.
Para finalizar…
Em síntese, o fuzzing é uma técnica essencial para qualquer profissional de segurança cibernética. Ele não apenas identifica vulnerabilidades, mas também ajuda a prevenir ataques antes que ocorram.
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