
Os criminosos digitais estão cada vez mais ousados, lançando ataques sofisticados para explorar vulnerabilidades e roubar dados. Para se proteger, as organizações precisam investir em estratégias inteligentes de defesa. E é aí que entram os honeypots!
Essas armadilhas digitais não apenas atraem hackers, mas também ajudam a monitorar suas táticas, fortalecer a segurança e aprimorar testes de invasão.
Neste artigo, vamos mergulhar no mundo dos honeypots, explorar seus diferentes tipos, entender como eles otimizam o pentest e descobrir as melhores práticas para implementá-los em uma rede.
Se você quer ficar um passo à frente dos invasores, continue lendo!
O que é um Honeypot?
É uma armadilha de segurança cibernética projetada para atrair e detectar atividades maliciosas na rede. Ele simula sistemas e serviços legítimos para atrair hackers e intrusos, permitindo que os administradores de sistemas monitorem e estudem suas técnicas e táticas.
Ou seja, o nome “honeypot” vem da ideia de que ele é como um pote de mel, atraindo os invasores para serem capturados.
Tipos de Honeypot

Bom, primeiramente, é válido dizer que existem diversos tipos de honeypots, cada um com seus objetivos e níveis de complexidade.
Confira abaixo:
- Honeypots de Baixa Interatividade: também conhecidos como honeypots “puros”, esses têm interação limitada com os invasores. Eles registram apenas o tráfego de rede direcionado a serviços falsos, como portas abertas ou serviços inexistentes.
- Honeypots de Média Interatividade: fornecem uma interação limitada com os invasores, simulando serviços de rede mais complexos, como servidores web ou bancos de dados. Eles podem registrar informações mais detalhadas sobre as ações dos invasores.
- Honeypots de Alta Interatividade: são os mais complexos e realistas. Eles simulam ambientes completos, incluindo sistemas operacionais e aplicativos reais, permitindo uma interação profunda com os invasores. São ideais para capturar e estudar técnicas de ataque avançadas.
Mas e o T-POT?

É a abreviação de “Threat Pot”, é uma plataforma de honeypot de código aberto projetada para simplificar a implementação e o gerenciamento de honeypots em ambientes corporativos.
Desenvolvido pela Deutsche Telekom AG, o T-POT é baseado no popular software de virtualização Docker e fornece uma ampla gama de honeypots pré-configurados e prontos para uso.
Esta plataforma oferece, sobretudo, várias vantagens para as organizações que desejam implantar honeypots como parte de sua estratégia de segurança cibernética:
- Facilidade de Implementação: simplifica o processo de implantação de honeypots, oferecendo uma solução integrada e, principalmente, de fácil configuração.
- Variedade de Honeypots: oferece uma variedade de honeypots pré-configurados, incluindo Dionaea, Conpot, Cowrie, Glastopf e muitos outros, abrangendo uma ampla gama de protocolos e serviços.
- Monitoramento Centralizado: permite o monitoramento centralizado de todos os honeypots implantados, fornecendo uma visão unificada das atividades maliciosas em toda a rede.
- Análise de Dados: inclui ferramentas de análise de dados integradas, permitindo que os administradores identifiquem padrões de comportamento suspeitos e extraiam inteligência de ameaças úteis.
- Flexibilidade e Escalabilidade: é altamente flexível e escalável, permitindo que as organizações personalizem sua configuração de acordo com suas necessidades específicas e aumentem sua capacidade conforme necessário.
- Comunidade Ativa: é suportado por uma comunidade ativa de desenvolvedores e usuários, garantindo atualizações regulares, suporte técnico e compartilhamento de conhecimento.
É uma plataforma abrangente e acessível para a implementação em ambientes corporativos.
Ao simplificar o processo de implantação e gerenciamento de honeypots, ele ajuda as organizações a detectar e responder a ameaças cibernéticas de forma eficaz, fortalecendo sua postura de segurança cibernética.
Como o honeypot auxilia no trabalho de Pentest?
O honeypot desempenha com toda a certeza, um papel vital no trabalho de pentest, ajudando os profissionais de segurança cibernética a avaliar a postura de segurança de uma organização.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais o honeypot pode ser útil em um teste de intrusão:
1. Identificação de Vulnerabilidades
Ao atrair invasores, os pentesters podem identificar vulnerabilidades na rede e nos sistemas simulados. Isso permite que a equipe de segurança tome medidas proativas para corrigir e fortalecer as defesas antes que os invasores reais explorem essas vulnerabilidades.
2. Monitoramento de Atividades Maliciosas
O honeypot registra todas as interações dos invasores, fornecendo uma visão detalhada das táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) utilizados pelos invasores. Isso permite que os pentesters entendam melhor as ameaças enfrentadas pela organização e desenvolvam estratégias de defesa mais eficazes.
3. Avaliação da Postura de Segurança
Ao analisar os dados coletados pelo “pote de mel”, os hackers éticos podem avaliar a eficácia das medidas de segurança implementadas pela organização. Isso inclui a detecção de falhas de segurança, lacunas na política de segurança e áreas de melhoria na infraestrutura de TI.
Implementação em uma rede
Em primeiro lugar, a implementação bem-sucedida de um honeypot requer planejamento e consideração cuidadosa dos requisitos específicos da organização.
Aqui estão algumas etapas importantes a serem seguidas:
1. Definição de Objetivos
Antes de implementá-lo, é essencial definir claramente os objetivos de segurança da organização. Isso inclui identificar os ativos a serem protegidos, as ameaças em potencial e os tipos de atividades maliciosas a serem monitoradas.
2. Escolha o tipo certo
Com base nos objetivos definidos, selecione o tipo de honeypot mais adequado às necessidades da organização. Considere fatores como nível de interatividade, complexidade e recursos disponíveis para implementação e manutenção.
3. Implantação na Rede
Depois de selecionar o mais adequado, implante-o na rede da organização de acordo com as melhores práticas de segurança cibernética. Isso pode envolver a configuração de sistemas simulados, a configuração de regras de firewall e a integração com ferramentas de monitoramento de segurança.
4. Monitoramento e Análise
Após a implantação, monitore continuamente as atividades registradas e analise os dados coletados. Identifique padrões de comportamento suspeitos, detecte possíveis ameaças e tome medidas corretivas conforme necessário.
Conclusão
Em resumo, o honeypot é uma ferramenta poderosa e versátil na caixa de ferramentas de segurança cibernética de uma organização.
Ademais, ao simular ambientes e serviços de rede falsos, ele ajuda a identificar e mitigar ameaças cibernéticas, fortalecendo as defesas da organização contra ataques maliciosos.
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